Pais de menino com câncer raro pedem ajuda para incluí-lo em teste de vacina: “Tentar dar a ele a melhor chance”

Publicado em segunda-feira, maio 1, 2023 · Comentar 


Calum está fazendo quimioterapia — Foto: Reprodução/Mirror

Um menino de 4 anos foi diagnosticado com um câncer raro depois que os sintomas da catapora não desapareceram. Calum Rae teve catapora em janeiro e, quando os sintomas persistiram, seu médico acreditou que se tratava de uma infecção pós-viral ligada a herpes zoster. Mas os sintomas pioraram e a família, que é de Troon, South Ayrshire, na Escócia, ficou arrasada ao saber que, na verdade, tratava-se de um neuroblastoma de alto risco, um câncer agressivo com alto índice de recorrência.

Calum fez cinco ciclos de quimioterapia desde que foi diagnosticado em 1º de março. Mas com medo de que o câncer volte, seus pais, Victoria MacDonald, 33, e Andrew Rae, 35, começaram a arrecadar fundos para incluí-lo em um teste de vacina no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York. A vacina espera treinar o sistema imunológico para identificar e destruir células de neuroblastoma e custa £ 250 mil, pois envolve sete viagens a Nova York em um ano.

Calum está fazendo quimioterapia — Foto: Reprodução/Mirror

Calum está fazendo quimioterapia — Foto: Reprodução/Mirror

Calum precisará de uma cirurgia para remover um tumor em sua glândula adrenal, perto da medula espinhal, antes de poder ir para a América. Victoria, que é mãe de dois, disse: “É tão triste, é um choque total. Ele ficou doente no início de janeiro com catapora, mas simplesmente não passou. Os sintomas eram como uma condição ligada a herpes — ele ainda estava letárgico e tinha dores nas pernas e reclamava que seu corpo estava dolorido e perda total de apetite. Após cerca de um mês, ele teve picos de febre muito alta e suores noturnos. Nós pensamos que era neuralgia pós-herpética, um efeito colateral mais comum com herpes zóster, mas outros sintomas começaram a aparecer. Então, o clínico geral nos mandou para o hospital porque não passava e eles fizeram uma ressonância magnética. Foi horrível, o tipo de câncer também é muito agressivo e a taxa de sobrevivência em cinco anos é de 40% ou 50%. Estamos tentando fazer coisas normais e nos mantermos positivos”.

Calum teve catapora em janeiro e sintomas persistiram — Foto: Reprodução/The Mirror

Calum teve catapora em janeiro e sintomas persistiram — Foto: Reprodução/The Mirror

Além de cuidar de Calum, Victoria e Andy têm uma filha de cinco meses, Emily. A professora de escola primária Victoria disse que foi muito difícil lidar com o novo bebê quando Calum foi internado no Royal Hospital for Children de Glasgow. “Estávamos muito estressados, mas estamos melhor agora”, afirmou. “Ele começou a quimioterapia e a dor simplesmente desapareceu. Calum teve sorte, pois esteve muito bem o tempo todo. Ele está no quinto ciclo agora, é a cada dez dias. Ele precisa de uma cirurgia para retirar o tumor que fica acima do rim, na glândula adrenal. São sobras de células de quando ele estava no útero. Esse câncer é mais comum em menores de cinco anos. Como é tão agressivo, quando eles apresentam sintomas, já se espalhou”, continuou.

Segundo a mãe, ele está respondendo muito bem ao tratamento, mas os cientistas não conseguem descobrir por que o câncer volta. “Estamos quase felizes por ele ter contraído catapora, pois ajudou a chamar a atenção. Calum tem sido tão corajoso e resiliente, que nos dá esperança e força. Ele quer jogar e aprendeu a andar de bicicleta com tudo isso. Temos que ser fortes por ele e manter as coisas o mais normal possível. Temos que estar felizes e positivos, e esperar que ele seja um dos sortudos”, disse.

O menino está em tratamento contra o câncer atualmente — Foto: Reprodução/Mirror

O menino está em tratamento contra o câncer atualmente — Foto: Reprodução/Mirror

A família ainda não se inscreveu para o teste da vacina, pois o tratamento do NHS de Calum precisa terminar primeiro. “Estamos ansiosos para fazer tudo o que pudermos para obter a vacina. Ele tem que estar livre da doença primeiro. Está em fase de teste, mas outra coisa é tentar dar a ele a melhor chance. Ainda nem os contatamos, mas arrecadamos quase £ 23 mil em dois dias. É o poder da mídia social”, finalizou. A página JustGiving da família pode ser acessada aqui.

Segundo a mãe, a catapora ajudou a diagnosticar o câncer — Foto: Reprodução/Mirror

Segundo a mãe, a catapora ajudou a diagnosticar o câncer — Foto: Reprodução/Mirror

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