Seu filho vai esquecer os brinquedos que ganhou, mas nunca esquecerá os bons momentos ao seu lado

Publicado em domingo, abril 30, 2023 · Comentar 


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Os bens nunca podem ser colocados em primeiro lugar, principalmente durante a formação infantojuvenil, que se ampara nos exemplos mais do que nas palavras.

Quais as memórias que você guarda ao lado dos seus pais? Quais eram as brincadeiras que faziam juntos? Uma risada com a mãe, um olhar carinhoso do pai, muito além do que ganhamos de bens materiais durante a infância, as poucas coisas que ficam são os momentos que passamos ao lado de nossos familiares.

Sabemos que os cuidados das crianças e dos adolescentes não podem ser terceirizados, assim como também sabemos que é preciso uma comunidade inteira para ajudar e apoiar uma família. Com a quantidade de mães solo que apenas cresce no Brasil e no mundo, fica difícil pedir que elas, enquanto chefes de família, ofereçam mais de seu tempo para os filhos.

Que tempo? Quando não existem formas de vencer a quantidade exagerada de trabalho, quando ficar em casa com as crianças não é uma opção, caso contrário não terá comida na mesa na hora do jantar, como pedir que essas famílias se dediquem mais aos cuidados dos filhos? Sabemos que, na maioria esmagadora dos casos, o que muitas mães e pais mais queriam era passar mais tempo ao lado dos filhos, mas que não conseguem por forças maiores.

Garantir a comida, a moradia, a segurança, a educação e todos os outros cuidados básicos não devem ser vistos como luxos, mas ainda assim são muitas as famílias que se desgastam acima da maioria para ganhar um salário mínimo. É importante lembrar que o cuidado com as crianças precisa ser amplamente dividido em prol de melhores condições de vida, escolas, família, amigos e a própria comunidade devem agir de maneira concisa para preservar a infância, fazendo tudo o que está dentro do alcance para permitir que todas as famílias consigam o simples: ter tempo de qualidade.

Ajude uma mãe, ofereça apoio, acolhimento e uma conexão profunda com ela. Faça parte verdadeiramente da vida de famílias solitárias, que gostariam de se inserir na comunidade, mas que não conseguem e vivem se sentindo isoladas e desviantes. Para a maioria dos pais, ainda que separados das mães dos filhos, oferecer um cuidado mais próximo é mais do que importante.

Não é apenas o abandono financeiro que impacta na vida das crianças, mas o abandono afetivo também. Se fazer presente no crescimento, na infância, na escolha da melhor escola, da melhor refeição, acompanhar em esportes e ajudar a mãe a oferecer cada vez mais um estilo de vida saudável e feliz é urgente.

Lembre-se que as crianças crescem, e quando chegam à fase adulta levam consigo apenas as melhores ou piores lembranças da infância. Para os pais ausentes, o que sobra? Essa falta de cuidado, essa constante forma de fazer com que as mulheres sejam as únicas responsáveis pela infância não apenas atinge gerações, como mostra que o papel dos genitores é de suma importância no processo de formação dos indivíduos.

As mulheres não são secretárias, e já têm cargas demais em suas vidas para ainda precisarem passar todas as informações importantes das crianças. Vá atrás, esteja presente em consultas médicas, dias de vacina, em reuniões escolares (não apenas festas, mas também nos dias em que a criança tem a atenção chamada). Ofereça mais do que brinquedos, ofereça orientação, cuidado e amor.

Esteja espontaneamente ao lado do seu filho e lembre-se que todas as fases passam, mais rápido do que imagina. Alivie o esforço materno e cumpra seu papel na formação de novos indivíduos que vão povoar o mundo, sabendo que muito do que seu filho faz de bom tem sua influência direta. São poucas as pessoas que podem se orgulhar de criar boas pessoas, seja uma delas.

Redação/Portal Raizes 

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