SIGA-NOS
Foto Reprodução
O vendedor Miguel Nader Júnior, de 32 anos, que registrou um boletim de ocorrência por injúria e ameaça contra o ex-CEO e fundador da Hurb, antigo Hotel Urbano, João Ricardo Mendes, ainda tem quatro pacotes de viagem em aberto com a empresa. Juntos, somam mais de R$ 14 mil. Ele teme agora não conseguir realizar as viagens e ficar com o prejuízo.
O g1 procurou a Hurb mas não obteve retorno até a mais recente atualização da reportagem.
João aparece em um vídeo durante uma ligação com o Miguel fazendo ofensas depois de uma reclamação. O CEO anunciou a saída da empresa nesta segunda-feira (24). (Veja vídeo abaixo)
Miguel disse ao g1 que tem pacotes de viagem comprados com a Hurb para o Egito, Fernando de Noronha, Paris e Curação.
“Viajei com a empresa no ano passado para Los Angeles, tive alguns problemas para marcar a data, mas tudo se resolveu e me encorajou a comprar novamente. Eu trabalho para viajar, nunca imaginei que esse tipo de coisa fosse acontecer”, desabafou.
Ainda conforme o cliente, além da falta de certeza sobre os voos e hospedagens, outro fator que o fez procurar João foi um aviso presente nos e-mails de remarcação da data da viagem.
“Eu liguei para o João há umas duas semanas falando sobre a tal disponibilidade promocional e comuniquei que isso não estava nas minhas regras na hora da compra. Foi quando ele me mandou os voos”, explicou Miguel.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/J/4/LYJ75JRY2F4dvRw4SDbg/whatsapp-image-2023-04-25-at-15.39.40.jpeg)
Trechos do e-mail enviado ao cliente Miguel — Foto: Arquivo pessoal
Miguel disse ao g1 que o questionamento para o ex-CEO foi sobre os hotéis, já que soube de muitos casos em que o cliente conseguiu entrar no avião, se deslocou até o local e ao chegar lá não havia registro no hotel.
“Não tenho certeza se vou conseguir viajar e, se der certo o voo, não tenho a garantia que ao chegar lá vou ter reserva no hotel. Não adianta a gente fazer tudo isso para passar humilhação na frente do hotel para tentar ser hospedado”, comentou.
Com as viagens agendadas, Miguel enfrenta a incerteza se a viagem foi cancelada ou não por João.
“Meu voo para Paris é 1º de novembro, se ele não cancelou. Porque ele disse que ia cancelar, mas não deu nenhuma resposta. Eu tenho outro pacote para o Egito, e aconteceu a mesma coisa, chegou um e-mail falando que não havia sido encontrado por causa dessa tarifa promocional que também não estava nas regras quando eu comprei”, esclareceu o cliente.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/R/B/WtAz5fQPa1Luu7tiDFdQ/whatsapp-image-2023-04-25-at-15.56.04.jpeg)
Dois dos três pacotes já pagos pelo cliente ainda seguem em processamento — Foto: Arquivo pessoal
Dos quatro pacotes, somente para Curação ainda não foi quitado e, conforme Miguel, existe o medo de terminar o pagamento da viagem e não conseguir realizá-la.
“O pacote de Fernando de Noronha, por exemplo, a primeira data que eu podia colocar era julho de 2023, se não encontrar nessa data eu só vou poder marcar para 60 dias depois, que da em setembro. Se ele não encontrar novamente, eu não vou poder viajar em novembro, porque já tenho a viagem de Paris marcada e meu pacote vai expirar. E, segundo a empresa, eles não são obrigados a cobrir, mesmo já estando tudo pago”, afirmou Miguel.
Além de procurar diretamente o dono da empresa, Miguel contou que chegou muitas vezes a falar com a central de ajuda, mas não conseguiu obter nenhuma resposta que desejava.
“Eu sempre pedi para eles que eu queria que eles que me mostrassem na regra do meu pacote, onde é que meu voo depende desse tarifário, mas eles nunca conseguiram explicar. Só disseram que comprei uma viagem com datas flexíveis. Na compra não tem essa informação, essa regra não existe”, finalizou o cliente.
Redação/G1
