Mais de 18 mil vacas morrem após explosão no Texas; pum e arroto podem ter causado tragédia

Publicado em sexta-feira, abril 14, 2023 · Comentar 


Foto Reprodução

Uma explosão matou mais de 18 mil vacas em uma propriedade rural no estado americano do Texas. O caso ocorreu em uma fazenda na cidade de South Fork Dairy e também deixou uma mulher que trabalhava no local gravemente ferida.

Os animais mortos eram criados no local para fins de extração de leite. Segundo a polícia local, a suspeita é a de que a explosão tenha sido desencadeada por um superaquecimento de máquinas, causando assim a ignição do metano — substância presente em puns e arrotos de vacas.

“Acredita-se que uma máquina, que suga o estrume e a água, superaqueceu e o metano inflamou e espalhou com uma explosão”, disse o xerife Sal Rivera ao jornal local KCBD. O incêndio ocorreu na noite de segunda-feira (11).

Quase três milhões de animais de fazenda morreram em incêndios desse tipo nos Estados Unidos entre 2018 e 2021. A Animal Welfare Institute disse que esse é o incidente mais mortal envolvendo vacas no país desde pelo menos 2013. Segundo o jornal USA Today, a juíza do condado de Castro, Mandy Gfeller, estimou as perdas de South Fork em “dezenas de milhões de dólares”, calculando que cada vaca valia cerca de US$ 2.000 (cerca de R$ 9.860).

As 18 mil vacas mortas representavam cerca de 90% do rebanho total da fazenda, de acordo com o jornal. O gabinete do Xerife disse que recebeu um informe de incêndio na fazenda por volta das 20h21 de segunda-feira.

Fotos que circulam nas redes sociais mostram uma enorme nuvem de fumaça preta subindo do solo. Quando a polícia e o serviço de emergência chegaram ao local, eles encontraram uma pessoa presa, que teve que ser resgatada e levada para o hospital em estado crítico.

Metano

O metano é produzido naturalmente em fazendas leiteiras. Na agropecuária, a digestão de bovinos é a principal fonte de emissão de gás CH4, o metano. Isso ocorre como resultado de um processo natural da digestão desses animais, chamado de fermentação entérica, que também ocorre, por exemplo, em caprinos e búfalos.

O metano é liberado tanto por arroto dos ruminantes, cerca de 87% das emissões, e em pum, correspondendo a apenas 13% do total liberado.

Ele é o segundo principal gás de efeito estufa, devido principalmente ao seu potencial de aquecimento global, que é em torno de 28 vezes maior do que o do CO2, dióxido de carbono. No entanto, o CO2 é o principal gás do efeito estufa, pois ele perdura na atmosfera por um período de até mil anos, enquanto o metano tem uma vida útil de uma década.

 

Redação/Pragmatismo Político 

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