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Caros leitores, quando encontrares algum agente público incomodado com a cobertura jornalística de determinado fato a seu respeito, não tenham dúvidas de que estes não gostariam de expor a luz da opinião pública os seus atos e suas ações, muitas vezes secretas, assim como o orçamento do governo federal.
Não são poucos os gestores [ assim como Petrônio, prefeito de Serraria] que reclamam, ou melhor, atacam os meios de comunicação que apresentam abordagens do que falam e que não os agradam quando essas falas tornam-se públicas.
O Nordeste, com todo o respeito que temos por nossa terra, orgulho por sua cultura, por seu povo sofrido e honesto, com suas potencialidades humanas e sociais, ainda sofre o resquício do coronelismo, onde o chefe político do local não pode ser contrariado.
Nas cidades interioranas, principalmente, apontar eventuais erros e ou equívocos dos gestores é se colocar como adversários e porque não dizer inimigos destes.
No Editorial de EXPRESSO publicado em 25 de outubro, o qual abordou o posicionamento do Sr. Petrônio Caboclo, prefeito de Serraria, simpático ao Presidente Bolsonaro (áudio de sua fala anexado ao editorial de 15/10), por ser, em seus argumentos, “um presidente que injeta dinheiro nos cofres das prefeituras para os prefeitos fazerem até festa”, parece não o ter agradado.
O Dr. Caboclo veio a público refutar o que chamou de matéria, o referido editorial rotulando-o de tendencioso e acusando a mídia como sendo de esquerda e junto com ele uma série de apoiadores de seu “governo serrano” corroboraram com o seu discurso.
O Editorial “questionável” pelo prefeito Caboclo nada mais foi do que a reprodução textual do que o próprio gestor disse em áudio, que fazemos questão de reproduzi-lo a seguir:
De nossa parte cabe ressaltar que não condenamos a escolha do Sr. prefeito pelo apoio a candidatura de Bolsonaro. A democracia permite e garante o direito de sua escolha, assim como permite e garante o nosso direito de registrar a sua opção e suas razões para tal.
Por fim, a pergunta que se faz ao Sr. prefeito Petrônio Caboclo, será que a dona de casa, o agricultor, o mototaxista e o trabalhador informal tem as mesmas razões que as suas para votar no seu candidato. Os números parece mostrar que não.
Em tempo: O próprio prefeito afirma no áudio que teve dificuldade de convencer o próprio filho a votar em Bolsonaro.
Da Redação
Editorial/ExpressoPB
