No último domingo (19), a Colômbia elegeu, pela primeira vez na história, uma mulher negra à Vice-Presidência do país. Aos 40 anos, Francia Márquez é também advogada e ativista ambiental e venceu ao lado de Gustavo Petro, próximo presidente do país e o primeiro de esquerda a ser eleito pelos colombianos.
Francia Márquez nasceu no dia 1 de dezembro de 1981 em Suárez, no Vale do Cauca. Quando jovem, ela trabalhou como garimpeira de ouro e como empregada doméstica, função que exerceu para pagar seus estudos.
Quando maior de idade, liderou movimentos contra a expansão da mineração na região e foi crescendo dentro do cenário político colombiano. Ativista há 13 anos, ela recebeu, em 2018, o Prêmio Goldman de Meio Ambiente pelo seu trabalho contra a mineração de ouro ilegal em sua comunidade de La Toma.
Além disso, Francia também promoveu uma marcha de mulheres que andou mais de 500km até a capital do país, Bogotá, para exigir a retirada de equipamentos e mineradores ilegais. A ativista foi expulsa de sua terra em 2014 devido a ameaças que recebeu depois de lutar contra o garimpo no local.
A Vice-Presidente também liderou, entre os anos de 2019 e 2021, manifestações que clamavam por mais postos de trabalho, maior inclusão social e mais acesso a educação e saúde de qualidade. Se eleita, Francia prometeu a criação de direitos para mulheres, negros, indígenas, camponeses e a população LGBTQIA+.
Francia Márquez é formada em direito pela Universidade Santiago de Cali e é mãe solo de dois filhos. Na campanha, ela usou a famosa frase “Soy Porque Somos”, da filosofia Ubuntu, que também foi usada por Marielle Franco no Brasil: “Eu sou porque nós somos”.
Veja mais sobre a história e ativismo político de Márquez.
Da Redação do ExpressoPB
Com Pragmatismo Político