É comum, alguém, quando atingido, agredido física e moralmente, revidar com os músculos e também através da própria voz. Quase sempre, a resposta vem no grito, na ofensa, e, muitas vezes, montada da garupa da violência, saltando, saltando, até chegar às vias de fato e na ocorrência de ‘incêndios’ inapagáveis e fatais.
A palavra de Deus é eficaz, verdadeira e suficientemente traduzida, e não confunde o entendimento do homem, pois é esclarecedora: “mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode conter; está cheia de veneno mortal” (Tiago 3: 8).
Em tempos de intolerâncias e revides, a saída para quem é agredido é, ligeiramente, se amparar na lei de Newton: “Toda ação corresponde a uma reação!”. E sai, a disparar sua ira.
Com a ‘febre’ das redes sociais, são muitos os que não usam os punhos. Preferem o artifício do áudio, as teclas, para enviarem as mais duras ofensas. E vibram em poder ‘dar o troco’.
Na vida de um servo fiel à Deus, essa lei não se adequa, pois o mesmo sabe que: “Não tornei a ninguém mal por mal” (Romanos 12:17). No mais, o que um homem de Deus pode fazer, é dar o silêncio como resposta, pois cabe ao Senhor, a vingança.
A palavra de Deus diz que há tempo para tudo. Pois, mesmo quando somos injuriados, acusado e ofendidos, a resposta não requer um grito… Vale a pena refletir e seguir pelo ensinamento: “Há o tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de calar, e tempo de falar” (Eclesiastes 3:7) Às vezes o silêncio ecoa mais forte que um grito.
O silêncio é mesmo esse ‘poderoso vento’ capaz de derrubar todo o alarde, todo o insulto e o mais alto muro levantado pela ‘argamassa’ da zoada, da injúria e da agressividade.
Às vezes, precisamos fazer do nosso silêncio a mais forte buzina…
João Victor da Silva
Um poeta/jornalista da cidade de Sapé
Publicado no Jornal O Interiorano, em 03/06/22