Brasileiros cruzam fronteira para abastecer com combustíveis mais baratos no Paraguai

Publicado em sexta-feira, novembro 5, 2021 · Comentar 


Com a alta no preço dos combustíveis, motoristas de Ponta Porã (MS), cidade vizinha a Pedro Juan Caballero, no Paraguai, estão recorrendo aos postos do país vizinho para o abastecimento dos veículos. A diferença entre o litro de gasolina no Paraguai e no Brasil chega a quase R$ 2,00.

Neste quinta-feira (4), em Ponta Porã, o preço do litro da gasolina normal foi achado a R$ 6,79, enquanto em Pedro Juan Caballero o valor chega a R$ 5,29.

Litro da gasolina já passa dos sete reais em 14 estados e no Distrito Federal

Em Mato Grosso do Sul, a ida ao Paraguai é facilitada por conta das fronteiras secas, onde geralmente as cidades dos países são divididas apenas por uma rua. Assim, os postos nos municípios paraguaios têm recebido mais brasileiros do que o normal.

A comerciante Geisa Gonçalves tem um mercado em Ponta Porã, mas a ida à Pedro Juan Caballero é quase que obrigatória no hora de encher o tanque da moto.

“Aqui, no Paraguai, eu economizo em média de uns 20 reais para encher o tanque. Faz diferença!”, diz a comerciante.

Encher o tanque do carro no Brasil não é cogitado pela empresária Rosana Monteiro. A economia, ao mês, é maior de R$ 100, afirma Rosona.

“Encho o tanque do carro duas vezes ao mês no país vizinho. Gasto em média R$ 490. No Brasil, passaria de R$ 600. É bem vantajoso em virtude de que o valor está mais caro no Brasil. Não abasteço no Brasil, só no Paraguai”, detalha.

Alta nos preços

Entre os fatores considerados pela Petrobras para calcular o preço nas refinarias está o valor do petróleo no mercado nacional e do dólar.

Como compensação, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou no final de setembro o congelamento por 90 dias do chamado “preço médio ponderado ao consumidor final”. É sobre esse preço médio que incide o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual cobrado nas vendas de combustíveis.

No entanto, para especialistas, a medida tem efeito limitado, já que outros componentes do preço podem continuar sofrendo alterações, como a variação do câmbio.

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Da redação/ Com G1-MT

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