Preço do boi gordo reage e volta a bater recorde

Publicado em terça-feira, junho 29, 2021 · Comentar 


 

Boi: arroba renova recorde histórico no indicador do Cepea

O indicador do boi gordo do Cepea teve um dia de alta dos preços e renovou o recorde histórico da série. A cotação variou 0,77% em relação ao dia anterior e passou de R$ 319,45 para R$ 321,90 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 20,49%. Em 12 meses, os preços alcançaram 46,55% de alta.

Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram a tendência de queda interrompida neste início da última semana do mês de junho. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 319,00 para R$ 318,90, enquanto o do outubro subiu de R$ 313,55 para R$ 315,85 e do novembro, de R$ 313,80 para R$ 318,20 por arroba.

Milho: preços sobem no Brasil acompanhando Chicago

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), apresentou valorização seguindo a alta em Chicago. A cotação variou 0,42% em relação ao dia anterior e passou de R$ 86,27 para R$ 86,63 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 10,15%. Em 12 meses, os preços alcançaram 79,43% de valorização.

Em Chicago, o pregão foi marcado por forte recuperação dos preços após as quedas das últimas semanas. A expectativa de clima seco nos Estados Unidos e de geadas no Brasil impulsionou as cotações dos contratos futuros. O vencimento para dezembro subiu 5,39% e passou de US$ 5,192 para US$ 5,472 por bushel.

Soja: saca inicia semana em alta

Um dia após renovar a mínima do ano, o indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), subiu e interrompeu uma sequência negativa de três dias. A cotação variou 1,59% em relação ao dia anterior e passou de R$ 148,74 para R$ 151,1 por saca. Ainda assim, no acumulado do ano, o indicador desvalorizou -1,82%.

Em Chicago, os contratos futuros da soja também interromperam uma forte sequência negativa com uma alta consistente. O vencimento para novembro, o mais negociado atualmente, subiu 3,37% e passou de US$ 12,696 para US$ 13,124 por bushel. O movimento foi causado pela volta de previsões de clima seco em regiões produtoras da oleaginosa nos Estados Unidos.

Café: Nova York supera US$ 1,60 por libra-peso com clima frio no Brasil

Em Nova York, os contratos futuros do café arábica apresentaram forte avanço pelo segundo dia consecutivo e voltaram a superar o patamar de US$ 1,60 por libra-peso. O vencimento para setembro subiu 3,11% e passou de US$ 1,578 para US$ 1,627 por libra-peso. O movimento foi impulsionado pelo clima frio no Brasil.

A forte alta dos contratos futuros do café arábica em Nova York teve reflexo no mercado brasileiro, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação foi de R$ 820/830 para R$ 830/835, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação passou de R$ 825/835 para R$ 830/835 por saca.

No Exterior: bolsas nos Estados Unidos voltam a bater recordes

Nos Estados Unidos, os índices S&P 500 e Nasdaq voltaram a bater recordes históricos em movimento de valorização apoiado pela queda das taxas futuras de títulos do Tesouro com prazos mais longos. No final de semana, o presidente Joe Biden afirmou que não pretende vetar parte do projeto de estímulos do plano de infraestrutura, mesmo sem alguns pontos defendidos pelo partido democrata.

Os mercados globais observam com atenção o forte aumento de casos de Covid-19 no Reino Unido. De acordo com informações do país, quase 100% dos casos são ligados à variante Delta, que foi encontrada pela primeira vez na Índia e que pode estar ligada a uma menor eficácia das vacinas na prevenção da doença, ainda que siga com forte proteção contra casos graves.

No Brasil: mercado segue avaliando proposta de reforma tributária

No início desta semana, o mercado financeiro no Brasil seguiu avaliando a proposta de reforma tributária enviada pelo Governo Federal à Câmara dos Deputados. No dia da apresentação do texto, a bolsa teve reação negativa. Ontem, o presidente da Câmara, Deputado Arthur Lira (PP-AL), disse que o projeto ainda será discutido e que os deputados já aventam redução na alíquota da tributação de dividendos.

Dessa forma, o Ibovespa fechou o dia praticamente estável com apenas uma leve alta de 0,14%, aos 127.429 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial, que operou o dia todo em alta, fechou o dia em baixa de 0,19%, cotado a R$ 4,928. Na agenda econômica de hoje, destaque para o IGP-M de junho, que pode trazer novas discussões em relação ao ritmo da inflação.

Da redação/ Com Canal Rural

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