Ataques de Maia a Bolsonaro forçam definição de voto

Publicado em segunda-feira, janeiro 11, 2021 · Comentar 


Os duros ataques de Rodrigo Maia ao presidente Bolsonaro, faltando cerca de 20 dias para deixar a presidência da Câmara, sinalizam não apenas para o campo político em que o democrata vai jogar assim que desembarcar do cargo.

Maia investe no tudo ou nada: aproveita o momento de fragilidade do presidente, abalado pela crise das vacinas, para convencer indecisos e dissidentes a apoiarem seu candidato, Baleia Rossi, do MDB.

O parlamentar, no entanto, mantém o tom moderado e não embarcou, por exemplo, na defesa do impeachment de Bolsonaro – o que incomodou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. O acordo de Rossi com a esquerda não admite veto ao tema.

Do lado adversário, integrantes da chapa de Arthur Lira (PP/AL), criticaram a atitude de Maia, que chegou a acusar Bolsonaro de “covarde” nas redes sociais e a culpá-lo pelas mais de 200 mil mortes causadas pela pandemia no Brasil.

“O Rodrigo, que merece todo o meu respeito, perdeu a condição de mediador da eleição. Diante da iminente derrota age pra dividir a Câmara, o que faz muito mal ao país”, declara o deputado Marcelo Ramos (PL/AM), candidato a vice de Lira e que já foi próximo a Maia.

Candidatos à presidência da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP)

Candidatos à presidência da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP)
Reprodução/Câmara dos Deputados

Os dois principais postulantes à presidência da Câmara têm agenda movimentada nesta segunda-feira.

Lira investe nos votos de parlamentares do centro-oeste, com encontros com integrantes das bancadas de Tocantins e Goiás. E garante visibilidade em entrevista coletiva prevista para esta manhã.

Rossi tem reuniões políticas em Santa Catarina e desembarca em Brasília na parte da tarde, para dar continuidade a articulações eleitorais.

Da redação/ Com R7

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