Análise: Sem traições, vitória de AG em Mari teria sido ‘catapultada’

Publicado em quarta-feira, dezembro 16, 2020 · Comentar 


Ao tomar como base o artigo publicado pelo historiador Severino Ramo, intitulado “A eleição 2020 em Mari – A conjuntura, os números e as perspectivas”, o qual joga luz sobre os números do resultado das eleições municipais no município de Mari, a conclusão que se pode chegar é que mesmo tendo um grupo aparentemente mais forte e influente, capaz de atrair potencial número de eleitores, o prefeito reeleito Antonio Gomes pode ter sido traído por muitos de seus cabos eleitorais.

Como justificar que o principal oponente de Antonio tenha tido mais de 5 mil votos e seus candidatos a vereadores apenas pouco mais de 2 mil? Em outra linha de observação, os vereadores ‘situacionistas’ ultrapassaram na somatória de votos do prefeito reeleito em quase mil.

Houve de fato um distanciamento entre o candidato a prefeito situacionista e os candidatos a vereadores de sua base. Basta aguçar mais a visão para encontrar dobradinhas esdrúxulas  como a da mulher que era candidata com Antonio e o marido ferrenho apoiador do principal adversário Marcos Martins; para não registrar casos mais distantes e tão absurdos como este ocorrido durante a campanha, conforme me relata atento agente político mariense.

Passado o calor do pleito eleitoral, a única conclusão que se pode tirar é a de que uma parte dos candidatos situacionistas dissociaram as suas campanhas da campanha do prefeito, pediram apenas votos para si [ há quem diga que até para o adversário].

Analisados os números friamente é possível se concluir que, se as campanhas proporcionais e majoritária tivessem se apoiado reciprocamente, Antonio Gomes teria sido eleito prefeito de Mari com votação catapultada à mais de mil votos de diferença do principal adversário, numa eleição onde seis disputaram a preferencia do eleitorado mariense.

No outro lado da batalha, observa-se que tudo ocorreu completamente o contrário do que se desenhou acima. Enquanto o candidato a prefeito do PP intensificava a sua campanha colada apenas com a do sobrinho [eleito o vereador mais votado], os demais candidatos a vereadores abandonaram suas campanhas, tanto que os números mostram candidatura com “0” voto e outras onde os postulantes tiveram um e quatro votos.

Daí a conclusão de que a chapa proporcional do grupo Martins jamais teria condições humanas de oferecer ao candidato a prefeito uma votação de quase seis mil votos, seja pelas condições desfavoráveis, estruturalmente falando, seja pela falta de empolgação na busca do voto para o seu candidato [não esquecendo de falar no poder financeiro do próprio candidato progressista].

Agora são outros quinhentos. Se Antonio Gomes encontrar uma câmara tão fiel quanto boa parte de seus candidatos, a situação futura não será muito fácil para ele. Aguarda-se o desfecho desse enredo.

Josinaldo Costa
Editor Geral
Diretor Presidente/ExpressoPB

 

 

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