Irmão de ex-governador é preso em nova fase da Operação Calvário

Publicado em quarta-feira, dezembro 9, 2020 · Comentar 


O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, desencadeou nesta quarta-feira (9), a décima fase da operação Calvário, na qual foi preso o empresário Coriolano Coutinho, irmão do ex-governado da Paraíba, Ricardo Coutinho, que também responde ação na justiça decorrente desta mesma operação.

O mandado de prisão preventiva de Coriolano Coutinho é decorrente do não cumprimento de medida cautelar, relacionada ao monitoramento eletrônico. A ação conta com a participação da Controladoria-Geral da União (CGU). Estão sendo cumpridos ainda mais dois mandados de busca e apreensão.

Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de João Pessoa e Bananeiras. O trabalho conta com a participação de dois auditores da CGU e de dose servidores do GAECO/MPPB.

O objetivo da ação é dar continuidade às investigações inerentes à atuação de organização criminosa, por meio da contratação fraudulenta de Organizações Sociais (OS), para gerir os serviços essenciais da saúde e da educação no Estado.

As investigações da Operação Calvário, iniciadas em 2018, buscavam apurar irregularidades praticadas na Paraíba por organização criminosa composta por Organizações Sociais (OS), empresas comerciais e agentes públicos e políticos.

Os trabalhos investigativos são conduzidos por diversos órgãos de combate à corrupção no Estado, que atuam em fases específicas da Operação, conforme a origem dos recursos públicos envolvidos.

Os levantamentos da Operação Calvário apontaram que, no período de 2011 a 2019, somente em favor das Organizações Sociais contratadas para gerir os serviços essenciais da saúde e da educação, o Governo da Paraíba empenhou R$ 2,4 bilhões, tendo pago mais de R$ 2,1 bilhões, dos quais estima-se um dano ao erário de mais de R$ 134 milhões.

A décima fase da Operação Calvário tem por objetivo robustecer o conjunto probatório de situações detectadas nas fases anteriores, principalmente no tocante aos crimes de ocultação patrimonial e de lavagem de dinheiro.

Conforme a Polícia Federal, as irregularidades praticadas pela organização criminosa impactaram fortemente a qualidade do atendimento prestado à população carente nos hospitais públicos estaduais gerenciados pelas Organizações Sociais, bem como a qualidade do ensino público estadual prestado à população da Paraíba.

Da redação/ Com Paraíba Online

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