Cantora Vanusa morre aos 73 anos de insuficiência respiratória

Publicado em domingo, novembro 8, 2020 · Comentar 


A cantora Vanusa morreu na madrugada deste domingo (8) na casa de repouso em Santos, no litoral de São Paulo, onde morava há mais de dois anos. O enfermeiro da Barros Residência para Idosos percebeu, por volta das 5h30, que ela estava sem batimentos cardíacos. A causa da morte foi insuficiência respiratória.

A artista tinha depressão e problemas de saúde causados pelo uso excessivo de medicamentos tarja preta, que a deixaram debilitada. Em setembro, ela esteve internada no Complexo Hospitalar dos Estivadores, também em Santos, com problemas respiratórios e retenção de líquido. Ela passou dias intubada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por apresentar baixa saturação de oxigênio e pressão arterial. Dias depois, foi diagnosticada com pneumonia e anemia.

Segundo informações, Vanusa teve um sábado (7) feliz com a visita da filha mais velha, Amanda. Ela teria cantado, brincado e se alimentado bem.

O filho da cantora, Rafael Vannucci, está a caminho de São Paulo para tomar as providências sobre velório e enterro da mãe.

Problemas de saúde

Há alguns anos, Vanusa enfrentava problemas com dependência química, crises de depressão e complicações causadas por uma síndrome demencial. Nos últimos 11 anos, a cantora precisou passar por alguns períodos de internação.

A primeira, em 2009, aconteceu após a estrela errar a letra do Hino Nacional em uma solenidade na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). Meses depois, o vídeo viralizou na internet.

Por conta da depressão, em 2011, ela foi internada pela segunda vez, onde ficou até maio de 2012. Em 2017, a artista voltou a ser internada, mas dessa vez para cuidar da dependência química.

“Há 12 anos ela foi atingida por problemas com remédios, bebidas, depressão e dependência química. Tudo piorou há cerca de 5 anos quando ela foi afetada pela bactéria, a Helicobacter pylori, contraída ao tomar água. Essa bactéria a fez emagrecer quase 40 quilos e isso agravou seu estado. Ficou muito debilitada e as medicações passaram a não fazer mais efeito”, revelou Rafael Vannucci naquela ocasião.

De acordo com o filho da cantora, “o estágio da doença da minha mãe é muito avançado. Ela não se alimenta mais sozinha, está acamada, usa fraldas, não tem dentes na boca por não ter força no tratamento dentário. A minha mãe não se lembra mais de muitas pessoas, e por conta disso a gente decidiu, com consentimento e opinão dos médicos, que a clínica seria o melhor lugar para ela estar”.

Vanusa gravou mais de 20 discos e atuou nos palcos do teatro

Vanusa gravou mais de 20 discos e atuou nos palcos do teatro
Reprodução/Instagram

Carreira artística

Vanusa Santos Flores nasceu em 22 de setembro de 1947, na cidade de Cruzeiro, em São Paulo, mas foi para Minas e cresceu em Uberaba e Frutal. Aos 16 anos, tornou-se vocalista do conjunto Golden Lions.

Em 1966, durante os últimos anos do movimento cultural Jovem Guarda, apresentou-se no programa “O Bom”, de Eduardo Araújo, na extinta TV Excelsior de São Paulo. Foi contratada e ficou conhecida pela canção “Pra Nunca Mais Chorar”. O sucesso a fez participar do programa Jovem Guarda, da Record TV.

Em 1968, gravou o primeiro álbum e se apresentou como compositora. Na carreira, teve músicas de sucesso como “Manhãs de Setembro” e “Paralelas”. Em 1977, fez a telenovela Cinderela 77, da Rede Tupi, com Ronnie Von.

Vanusa gravou 23 discos, foi premiada em festivais internacionais, e vendeu mais de três milhões de cópias. Em 1997, publicou a autobiografia: “Vanusa – A Vida Não Pode Ser Só Isso!”, pela editora Saraiva. Em 2005, participou de concertos comemorativos pelos 40 anos da Jovem Guarda.

Em 1999, Vanusa estreou no Teatro Santa Catarina, o musical “Ninguém é Loira por Acaso”. Ela já havia atuado em Hair, em 1973. Em 2015, lançou o álbum de canções inéditas “Vanusa Santos Flores”, produzido por Zeca Baleiro.

A cantora foi casada duas vezes. Com o músico Antônio Marcos, ela teve as filhas Amanda e Aretha, e o ator e diretor de TV, Augusto César Vannucci, é o pai de Rafael Vannucci.

Vanusa morreu neste domingo (8), aos 73 anos, por insuficiência respiratória, após anos lutando contra as complicações causadas por uma síndrome demencial. A cantora, que começou a carreira com apenas 16 anos, em Minas Gerais, se tornou nacionalmente conhecida na década de 1970, com sucessos como Manhãs de SetembroSonhos De Um PalhaçoMudanças e Paralelas.

Em 2009, após errar a letra da Hino Nacional, em uma solenidade na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), e o vídeo viralizar na internet, a artista precisou ser internada para tratar de uma depressão. Tempo depois, ele voltaria a ser internada por mais duas vezes para tratar de dependência química e os efeitos da doença cognitiva. Relembre a trajetória dela! 

Divulgação/Funarte
Vanusa nasceu em 22 de agosto de 1947, em Cruzeiro, município do estado de São Paulo. No entanto, cresceu em Uberaba, Minas Gerais, onde deu início a carreira musical, com apenas 16 anos
Vanusa nasceu em 22 de agosto de 1947, em Cruzeiro, município do estado de São Paulo. No entanto, cresceu em Uberaba, Minas Gerais, onde deu início a carreira musical, com apenas 16 anos
Reprodução/Record TV
Vanusa nasceu em 22 de agosto de 1947, em Cruzeiro, município do estado de São Paulo. No entanto, cresceu em Uberaba, Minas Gerais, onde deu início a carreira musical, com apenas 16 anos
Reprodução/Record TV
Anos depois, a cantora participaria do programa O Bom, na extinta TV Excelsior. Na emissora, ela integrou, ainda, o elenco de Os Adoráveis Trapalhões. Além disso, a artista também acumulou participações no Jovem Guarda, da Record TV, Qual é a Música? (SBT) e Globo de Ouro (TV Globo)
Reprodução/Instagram
A cantora ficou nacionalmente conhecida na década de 1970, com sucessos como Manhãs de SetembroSonhos De Um PalhaçoMudanças e Paralelas. Vanusa gravou 23 álbuns, vendeu milhões de cópias e, por dois anos seguidos, foi eleita a ‘Rainha da Televisão’
Reprodução/Instagram
Os relacionamentos também ocuparam as manchetes. A artista namorou cantores como Jair Rodrigues, Wanderley Cardoso e Antônio Marcos

Da redação/ Com R7

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