O tema fakenews nunca esteve tão presente na atualidade. Entidades da sociedade civil e do poder público estão mobilizadas para combater a ampla propagação de notícias falsas, desinformação e discursos difamatórios e de ódio que tem tomado as redes sociais do Brasil – e do mundo – desde o início do processo eleitoral de 2018.
Antes de 2018 já havia essa prática criminosa, mas não com tanta intensidade. Nos dias atuais o próprio Supremo Tribunal Federal entrou na luta do combate a elas (fake News), no Congresso, uma CPMI das Fake News apura o uso criminoso das redes e a Polícia Federal tem adiantado as investigações. No ambiente acadêmico, pesquisadores de diversas áreas também movem esforços para entender o fenômeno.
Em Mari, uma rede de fakenews se formou a partir da eleição do atual prefeito Antonio Gomes, mas diferente do plano nacional, a rede não funciona para dá sustentação ao governo municipal, mas para destruí-lo. Não só a ele, mas a setores da sociedade e pessoas do povo que tenham qualquer tipo de simpatia ou relação institucional com os que fazem a gestão local.
Um verdadeiro “Gabinete do Ódio” também se criou em Mari, guardadas as devidas proporções, para atacar, denegrir e ameaçar as pessoas.
O ExpressoPB.net apresenta a partir desta, uma série de reportagens para explicar como se dá o trabalho sujo da rede de fake News instalada em Mari, em todas as redes sociais – facebook, whatsaap e instagram – como forma de tentar amedrontar a população e a imprensa.
O gráfico a seguir, mostra o “FAKE MÃE” que teve seu embrião plantado a partir do anúncio feito em 04 de janeiro de 2017 pelo ex-assessor de Comunicação da Prefeitura de Mari, Wagner Ribeiro, em sua conta da rede social facebook.
Wagner tinha acabado de deixar um cargo no governo Marcos Martins que terminava em 31 de dezembro de 2016.
A partir desse dia, a cidade de Mari assiste complacente a uma série de ataques, permanentes, a pessoas do povo, radialistas, professores, políticos e servidores públicos, desde que se expressem a favor de qualquer ação que envolva a gestão pública municipal.
A rede de fakes que apresentamos a seguir é apenas em uma única rede social, o facebook. Essa rede se retroalimenta e dissemina discurso de ódio por todos os recantos.
O descaramento chega ao ponto de um dos fakes usar a imagem da ex-deputada Clarissa Garotinho, filha dos ex-governadores do Rio de Janeiro, Rosinha e Garotinho, passando-se por uma tal Patrícia Vieira, conforme mostra o infográfico acima no quinto perfil.
Os primeiros alvos: A imprensa inimiga – Nessa primeira reportagem, vamos mostrar como a milícia digital tenta intimidar as instituições e a imprensa, considerada por eles, como a imprensa inimiga. A estratégia é “meter medo” para inibir qualquer tipo de comentário, seja no rádio ou em outros meios de comunicação, que seja favorável a gestão municipal.
Os alvos são a instituição, Rádio Comunitária Araçá FM, seus comunicadores e outros setores da mídia que se distanciam dos perfis fakes.
Os ataques diários são feitos de forma tão gratuitas que não existe outra finalidade a não ser a provocação do sentimento de ódio que se retroalimenta: eles disseminam o ódio e evidentemente também podem recebê-lo, com uma vantagem para eles, pois usam do anonimato como proteção para não receberem de volta o que disseminam.
O alvo número 1 é o radialista Marcos Sales. Esse é chamado de cuspidor de microfone. A Rádio Araçá FM, é taxada por eles como Rádio Gomes, em alusão ao sobrenome do prefeito Antonio Gomes. Durante o programa apresentado diariamente por Sales, os fakes fazem a farra nas redes, enquanto uma outra turma se utiliza do “bolsa chip” para muitas vezes fazer provocações aos apresentadores.(ver infográfico abaixo)
Mas se você achou que são apenas a rádio e Sales os alvos se enganou, outros comunicadores e pessoas do povo também aparecem na tela do perfil fake, basta falar algo que não o agrade. E nem precisa não os agradar, o ataque é feito em forma de deboche por pura maldade.
Um levantamento de mais de mil postagens no perfil Mary Luna (fake mães), a pedido, já que os alvos dos ataques geralmente são bloqueados pelo perfil como forma de não permitir qualquer tipo de defesa das vítimas, é possível ver o grau de ódio e intolerância propagada pelo perfil e compartilhada por militantes de um determinado grupo político da cidade (base para uma outra reportagem).
Levando em conta os ataques a imprensa, a Rádio Araçá FM e o radialista Marcos Sales lideram a lista dos atacados, mas Emerson Aluizio, Ruan Henrique, Jackson Silva e Mayara Paiva também estão na mira do fake. (ver infográfico abaixo)
Mas não só os comunicadores que fazem a rádio Araçá FM. De forma gratuita e sem justificativa aparente, o ex Coordenador de Comunicação da Prefeitura na gestão de Marcos Martins, Acyr Lessa, Diretor da Rádio Cidade e o radialista Pedro Graciano também já foram alvo do fake, com menos frequência, mas sempre presente. Qualquer movimento que eles façam em termos de se pronunciar sobre temas relacionados a gestão pública de Mari são alvo das lapadas da mílicia.
No caso de Pedro Graciano, a situação é mais explicita. O radialista se negou a criar um blog fake para atacar a gestão de “Toinho Malvadeza”, como eles chamam, sugerido por então assessor do ex-prefeito Marcos Martins em junho de 2018, conforme áudios abaixo, o que se justifica os ataques sofridos por ele [Manoel] vindos dos fakes.
Achou pouco? O comunicador Rildo Publicidades, que já foi aliado do ex-prefeito Marcos Martins e que não apresenta nenhum programa jornalistico ou vive de expor qualquer opinião política também já foi alvo do fake, como forma de intimidá-lo para não participar mais de qualquer programa de rádio ou se pronuncie em rede sociais.
Em contra partida, esses mesmos fakes mantém estreita relação com setores da mídia ligadas ao ex-prefeito Marcos Martins, servindo de canal de compartilhamento dessas mídias (assunto para uma próxima reportagem).
Com esse clima de ameaça,de exposição de pessoas e personalidades e familiares nas redes sociais, os fakes e militantes políticos criaram uma permanente ameaça de que a qualquer momento deve expor alguém nas mídias para receber linchamento virtual tanto de fakes como dos partidários do ex-prefeito Marcos Martins.
Assim parte da imprensa mariense vive acuada, com raríssimas exceções, mas não só parte da imprensa, outros setores da sociedade também, com medo de ver seus nomes expostos ou de algum familiar seu para serem escrachados e/ou ameaçados não só nas redes, mas também nas ruas.
Na próxima reportagem, a editoria do ExpressoPB.net vai apresentar uma série de ameaças públicas feitas pelo fake, compartilhadas por militantes políticos e como eles agem para amedrontar servidores públicos e expô-los para linchamento virtual.
Da Redação
Do ExpressoPB