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O título do editorial desta edição da EXPRESSO desafia a lógica, pois seria óbvio que o poder teria [verbo no passado] todos os mecanismos para unir um grande número de pessoas e suas ideologias em torno de um projeto político e/ou de poder.
Nos dias atuais, nada normais por essas bandas, o poder tem sido muito mais instrumento de desunião do que de aglutinação de massas em volta dele. Vejam o que está acontecendo, em nível nacional, com o PSL do Presidente Jair Bolsonaro. É uma aberração que todos os mais chegados aliados do ex-capitão estejam hoje no front de embate contra ele.
Na esfera estadual, não muito diferente encontra-se o PSB, partido que governa a Paraíba por quase 9 anos, mas que encontra-se esfacelado, pois já não consegue reunir tantas ideologias em seu entorno.
Há quem afirme que só a dor e o sofrimento são capazes de manter as pessoas unidas entorno de um projeto, pois ao se sentirem frágeis e sozinhas tendem a definhar, daí a necessidade de unir-se a outras para aglutinar forças.
As nuances do poder, seja político ou financeiro, são mesmo de espantar a quem acompanha os bastidores dele [poder], isso porque com estrutura, muitos entendem que sozinhos podem enfrentar um ‘tsunami’.
Nas cidades nordestinas, o exercício do poder político não se difere das outras esferas. Os ‘caciques’ muitas das vezes entendem que sozinhos podem tudo, mas a história mostra que erram nessa concepção, mas assim continuam fazendo do poder da caneta uma arma de afastar e desunir.
Redação /Revista EXPRESSO
