Veja como votam os paraibanos na reforma da previdência; decisão pode sair até sexta

Publicado em quarta-feira, julho 10, 2019 · Comentar 


A rádio Arapuan FM entrevistou os deputados federais paraibanos que devem votar ainda nesta quarta-feira (10) o texto da reforma da Previdência. No programa Arapuan Verdade, os parlamentares expuseram seus pontos de vista a favor e contra a proposta que está em votação na Câmara Federal.

A FAVOR

Os deputados Ruy Carneiro (PSDB), Efraim Filho (DEM), Edna Henrique (PSDB), Wellington Roberto (PR) e Pedro Cunha Lima (PSDB) se posicionaram favoráveis ao texto.

CONTRA

Enquanto Hugo Motta (PRB), Gervásio Maia (PDB), Damião Feliciano (PDT) e Frei Anastácio afirmaram ser contra o projeto.

Ruy Carneiro disse que a expectativa é de aprovação da reforma com uma “boa margem” e acrescentou que até parlamentares que eram contra, acham necessário que a reforma aconteça. “O país está parado e temos que fazer com que ele cresça economicamente”, disse. O tucano também falou que a expectativa de vida da população vem crescendo enquanto a taxa de fecundidade é baixa. Ele também citou a taxação do lucro líquido dos bancos.

Hugo Motta afirmou que a reforma não atende às expectativas do povo e acrescentou que as discussões deveriam vir após o estado cumprir uma série de tarefas para que o cidadão tenha condições de “dar mais esse sacrifício”. Para ele, hoje a ordem é inversa e que para reduzir o déficit fiscal, está se tirando dos trabalhadores direitos e garantias. “Nossa realidade é outra e como está sendo colocado, o trabalhador do Nordeste dificilmente vai conseguir se aposentar. Hugo criticou a “obsessão do mercado financeiro para a reforma de R$ 1 trilhão, onde as pessoas vão ter que colaborar mais depois de pagar tanto imposto no país. Se vendeu a ilusão de que todos os problemas vão estar resolvidos após a Reforma é uma grande falácia”, disse se posicionando contra.

Motta ainda acrescentou que “após a euforia do mercado financeiro, os deputados vão se reunir para rever as posições”, já que, de acordo com ele, a proposta não traz nenhuma garantia de que a economia irá melhorar.

Gervásio Maia afirmou que vai continuar se esforçando para desidratar a reforma e lembrou que a seguridade foi colocada pelos congressistas em 1988. Além disso, Gervásio expôs que os professores perderão em 10 anos R$ 20 bilhões, enquanto o agronegócio vai receber de isenção fiscal no mesmo período R$ 80 bilhões. “É uma contradição a cada instante”, disse.

Efraim Filho lembrou que essa discussão já durou todo o primeiro semestre e que é a “principal agenda econômica do Brasil”. “Precisamos voltar a crescer, recuperar empregos perdidos e ter um cenário de equilíbrio fiscal para capacitar investimento e principalmente deixar de tirar recursos que poderiam ser investidos na Saúde, Educação e Segurança, mas estão sendo usados para cobrir o rombo da previdência e déficit fiscal”, disse. O parlamentar lembrou também que os pontos mais críticos sobretudo apresentados pela bancada do nordeste como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a situação do aposentado rural foram retirados do texto. Efraim também falou a respeito do teto de aposentadoria onde os servidores públicos vão se equiparar aos privados com um teto de R$ 5,5 mil.

Para a deputada Edna Henrique, a mudança é necessária. Ela acrescentou que “o estado está engessado por essa previdência, temos que tomar uma posição não da forma como estava, tivemos mudanças, além da posição tomada pela bancada feminina”, disse. Edna disse que vota favorável à aprovação do texto.

Damião Feliciano manteve a posição afirmando que a reforma atinge as classes mais vulneráveis, mas acredita que da forma que está sendo feito, as duas votações vão acontecer até sexta-feira (12). “Acredito que o Brasil tem que fazer uma reforma, mas não da forma como está. Essa votação vai se arrastar pelo dia inteiro varando pela madrugada, crieio que conclui o primeiro turno ainda hoje e acredito que até sexta feira já vai ter concluído a votação da reforma”, disse.

Também favorável à proposta, o deputado Wellington Roberto disse que após exaurir as obstruções vai ser votado o texto principal e em seguida, os destaques. O próprio deputado tem um destaque apresentado por ele, que defende a inclusão de professores como atividade insalubre. Wellington defende a proteção dos professores, assim como há com o BPC e produtores rurais. “Votamos a favor da reforma, tem que ser votada, senão amanhã iremos nos deparar com situação que não vai para a frente, o país vai parar e vamos ter dificuldades de pagar os aposentados”, disse.

Pedro Cunha Lima afirmou que é preciso reconhecer a necessidade de um ajuste fiscal e para isso é necessário mexer na principal despesa primária que é a previdência. “Voto favorável mas com ressalvas aos destaques”, disse lembrando a questão do abono salarial que deve ser mantido como está. Pedro também criticou a exclusão de estados e municípios da proposta, tachando os governadores do nordeste (principais nomes contra a reforma) de populistas. “Cada ente federativo terá a responsabilidade de fazer sua própria previdência e a Paraíba terá a responsabilidade de tocar por parte de João [Azevêdo] e a Assembleia Legislativa”, afirmou.

Frei Anastácio afirmou que o rolo compressor do Governo Federal está funcionando a todo vapor com o objetivo de aprovar a Reforma da Previdência. O deputado reafirmou que vota contra a Reforma da Previdência, o Governo Federal está liberando emendas de alto valor para conseguir votos. “ O circo está bem armado e até igrejas evangélicas foram chamadas para abençoar a votação da Reforma da Previdência.

 

Da Redação 

Com paraiba.com.br 

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