Cartaxo descarta afastar secretários em suposta cobrança de ‘propina’; vereador cobra posição mais enérgica do gestor

Publicado em terça-feira, fevereiro 19, 2019 · Comentar 


O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV) afirmou, ontem, ao ser provocado por jornalistas, num evento de inauguração de um equipamento público, que não pretende afastar os secretários de Saúde e Desenvolvimento Social de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio e Diego Tavares, respectivamente, que foram gravados articulando uma suposta operação de caixa 2 nas eleições do ano passado, que teve como candidato a governador o irmão dele, Lucélio Cartaxo.

À imprensa, o prefeito disse que iria conversar com os dois auxiliares para avaliar a questão com “tranquilidade”. Por sua vez, o líder da oposição na Câmara Municipal, vereador Marcos Henriques, do PT, cobrou, também ontem, uma posição mais enérgica do gestor municipal, defendendo que ele afaste os dois secretários, de modo que eles possam se defender das acusações. “É o que um gestão séria, decente, deveria fazer [em nome da transparência]”, afirmou o petista.

Entenda o caso:

Nesta gravação os secretários de Saúde e Desenvolvimento Social da Prefeitura de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio e Diego Tavares, revelam um suposto esquema no qual estariam sendo debatido os valores de possíveis propinas nos contratos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Assim como na gravação anterior, divulgada na semana passada, Adalberto continua hesitante em ser o “operador” de tais transações. Inicialmente, Diego, na época já havia se desincompatibilizado da presidência do Instituto de Previdência do Município (IPM) para posteriormente concorrer as eleições como 1º suplente de senador, teria sugerido R$ 90 mil em propina, algo que o gestor da Saúde da Capital rebate. “Não, porra, eu não ia nunca tá acima disso aqui”.

O possível valor que Diêgo aponta, em seguida, é de R$ 80 mil, e Adalberto confirma. “É, isso é mensal. Quando a gente fizer, é. Se o contrato for de 800 (mil reais), se for R$ 1 milhão”, explicou.

Ao longo da conversa, Fulgêncio alega que já existiria um valor fixo mensal de possíveis propinas entre ele e os fornecedores da SMS. Diego chega a resolução de que já teria duas empresas fechadas neste esquema e que possivelmente haveria uma terceira. Mas, Adalberto pede para que seja mais realista nas projeções. “Vá por baixo, porque se vier mais, é melhor”.

Da Redação 
Com Pbagora

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