No dia do médico: A história da médica que foi expulsa dos quadros do município de Mari por perseguição política

Publicado em quinta-feira, outubro 18, 2018 · Comentar 


O dia 18 de outubro é dedicado ao médico. Os médicos são os responsáveis por cuidar da saúde das pessoas. Por este motivo, esta data é destinada a homenagear o trabalho destes profissionais.

Para alguns a data é de celebração, para outros é de luta, que o diga a Dra. Vera Cartaxo, que até 2015 atuou em um PSF no município de Mari, Zona da Mata da PB, mas que por defender a saúde dos seus pacientes foi expulsa de seu local de trabalho por quem deveria zelar e cuidar da saúde das pessoas, os agentes públicos.

Em fevereiro de 2014, a  Dra. Vera Lúcia Assis Cartaxo, médica do PSF do Bairro Vermelho denunciou a pratica de improbidade administrativa, assédio moral, perseguição e desrespeito aos usuários do serviço público de saúde na gestão do então prefeito Marcos Martins (2013-2016).

As denúncias da Dra. Vera Cartaxo lhe custou o emprego, pois foi expulsa do quadro de servidores da saúde, o caso foi parar na justiça e encontra-se ainda sem desfecho.

 

Segue então a matéria que foi publicada no site Assediados, naquela data reproduzida do ExpressoPB :
Médica detona gestão da Saúde de Mari e denuncia assédio moral contra servidores
 
A denúncia pública feita nesta quarta-feira (19) pela Dra. Vera Lúcia Assis Cartaxo, médica do PSF do Bairro Vermelho envolve a pratica de improbidade administrativa 
 
A denúncia pública feita nesta quarta-feira (19) pela Dra. Vera Lúcia Assis Cartaxo, médica do PSF do Bairro Vermelho envolve a pratica de improbidade administrativa, assédio moral, perseguição e desrespeito aos usuários do serviço público de saúde.

A Dra. Vera Cartaxo relatou que passou a ser assediada moralmente pela Secretária de Saúde do município de Mari, a Sra. Margareth Martins de Paiva, irmã do prefeito, por não concordar com algumas medidas administrativas adotadas pela chefe da pasta da saúde mariense, dentre as quais a que determina que os pacientes hipertensos e diabéticos tenham que fazer um cadastro junto a Farmácia Popular da cidade de Sapé para poder receber o medicamento necessário para o tratamento.
 
Segundo a médica, a medida prejudica o tratamento dos pacientes, dificulta o recebimento dos medicamentos e o mais grave, o afastamento dos pacientes das unidades de saúde da família, além de com a dificuldade em receber o medicamento os pacientes deixam de procurar atendimento médico e com isso o atendimento a esses pacientes terem diminuído consideravelmente.
 
Some-se a isso o fato de que o cadastro na Farmácia Popular em Sapé é feito por um funcionário da Secretaria de Saúde de Mari, sem que tenha nenhuma procuração dos pacientes para realizar tal procedimento em nome deles, conforme determina o regulamento para se ter acesso a esse tipo de serviço.
 
A discordância da médica lhe gerou alguns dissabores, conforme a mesma revelou ao radialista Marcos Sales no Programa Liberdade de Expressão, a exemplo de advertência para que ela não colocasse no receituário a indicação de onde o paciente pegaria o medicamento, no caso era indicado a Farmácia Básica Municipal, e desconto em seu contra cheque por falta não ocorrida, tanto assim o foi que em janeiro deste ano a médica recebeu o ressarcimento das faltas a ela aplicada injustamente.
 
A médica foi mais além, denunciou o tratamento diferenciado que a Secretária e a Coordenadora da Atenção Básica, Laudicéia Gerônimo, dispensa aos médicos contratados com relação a carga horária, entrega incompleta dos medicamentos da farmácia básica e falta de recursos humanos, como sendo recepcionista e vigilante nas unidades de saúde.
 
Cartaxo disse que tentou resolver toda essa problemática de forma administrativa, inclusive tendo conversado com a Secretária Margareth Martins por três vezes desde novembro do ano passado, o que não adiantou, tendo que a mesma tomar outras medidas como esta de procurar a imprensa para denunciar a situação.
 
A médica ainda afirmou que espera que a Secretária Margareth Martins acabe com o cadastro dos diabéticos e hipertensos por parte da secretaria e que com os recursos do Governo Federal compre os medicamentos para a Farmácia Básica do município. Ainda durante a sua fala, ela pediu que cessassem as perseguições contra os servidores da saúde e que os médicos fossem tratados com igualdade.
 Expressopb  

Da Redação 
Do ExpressoPB

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