Ricardo e o fator transferência X pesquisa e o fator descrença

Publicado em sábado, agosto 25, 2018 · Comentar 


O resultado da pesquisa Ibope publicada nesta sexta-feira (24) pela afiliada da Globo na Paraíba movimenta os bastidores da política e deve mexer no taboleiro da disputa eleitoral a partir de agora.

 

Muitas são as avaliações de analistas políticos, do próprio eleitor, dos candidatos e de seus estrategistas que a partir dos números tendem a mudar o percurso que haviam planejado.

Do posto de vista deste humilde ‘pitaqueiro’, é necessário fazer uma leitura do momento atual voltando ao tempo para analisar os fatos pretéritos na tentativa de se chegar a uma eventual conclusão.

De posse dos acontecimentos relativos a desenvoltura do Governador Ricardo Coutinho, em se tratando de transferência de votos, podemos concluir que o páreo será difícil. Vejamos: em 2012 o plano estratégico do socialista para se manter no comando da prefeitura de João Pessoa não deu certo, fruto de suas mal fadadas articulações, chegou a brigar com Agra – que era seu vice –  e a sua ungida Estela Bezerra perdeu o pleito. Em 2016, mais uma vez Ricardo não teve sucesso em eleger Cida Ramos prefeita da capital, mesmo ele – Ricardo – sendo bem avaliado em João Pessoa, reduto que sempre lhe garantiu vitórias importantes, como foi de suas duas eleições para a prefeitura da capital (2004 e 2008) e para o governo do estado (2010 e 2014).

Se por um lado temos esse ‘recall’ dos fatos relacionados a ‘impotência’ do governador em transferir votos para seus escolhidos, por outro temos as históricas pesquisas de opinião que sempre garantiram ao Senador Maranhão vitória e nunca elas aconteceram na prática, ou melhor, quase nunca, porque na eleição para o senado em 2014 as pesquisas lhe davam vantagem sobre os concorrentes. Some-se a isso as pesquisas no 1º turno de 2014 onde Cássio Cunha Lima vencia todas, mas ao final do 2º turno Ricardo saiu vencedor das urnas.

Ao fitar o olhar nesse panorama histórico, o eleitor mergulha em uma série de dúvidas, inclusive em quem vai depositar o voto.

O fato é que tanto Ricardo quanto Maranhão precisam quebrar um ‘tabu’, cada um no seu espectro. Ricardo terá a oportunidade de provar nesta eleição que é bom de voto ao ponto de transferi-los ao seu ungido, do contrário pode assistir Maranhão derrubar o mito que se formou em seu entorno sobre as pesquisas eleitorais, tendo para tal que superar outro obstáculo que ainda lhe tem no caminho, o irmão Cartaxo.

A verdade é que a preço de hoje fica impossível se prevê o que sairá das urnas no dia 07 de outubro, haja vista ainda ter muito chão pelo frente, o que requer cautela de todas as torcidas.E detalhe: a história não se repete necessariamente igual.

Em tempo: o desempenho de Lucélio na pesquisa será tema de outro artigo.

Marcos Sales
Contato com a coluna: @Salles_Marcos
Email: marcosexpresso@live.com

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