Bélgica e França jogam hoje para decidir primeiro finalista da Copa

Publicado em terça-feira, julho 10, 2018 · Comentar 


Copa do Mundo da Rússia define hoje (10) seu primeiro finalista, que sairá da disputa entre França e Bélgica, às 15h (de Brasília), em São Petersburgo. Segundo a imprensa esportiva de praticamente todo o mundo, quem passar, será favorito ao título – a outra semifinal será jogada amanhã, entre Inglaterra e Croácia. Ambos os semifinalistas têm em seus times jogadores talentosos, mostraram que podem variar seu padrão de jogo conforme o adversário e os resultados obtidos durante a competição fazem do encontro a chamada “final antecipada”.

Com média de idade de 26 anos, a França tem um dos grupos mais jovens da competição e conta com seus atacantes Mbappé, de 19 anos, e Griezmann, de 27, para fazer a diferença contra os belgas, que têm o melhor ataque da Copa, com 14 gols marcados em cinco jogos e o vice-artilheiro do torneio, Lukaku (25 anos) e quatro gols marcados.

Os franceses correm atrás do segundo título em um mundial de seleções, repetindo o feito na Copa disputada em seu país, conquistada na final contra o Brasil, em 1998. “Nosso time é jovem, mas evoluiu e cresceu neste torneio. Estamos prontos para ir além”, disse o técnico francês Didier Deschamps. Ele, aliás, é treinador há seis anos do selecionado principal e a base do time que está na Rússia é a mesma que disputou a Copa de 2014 e a Eurocopa 2016. Jogadores como Pogba e Umtiti foram campeões mundiais sub-20 em 2013.

Campeão em 1998, Deschamps tenta se tornar o terceiro nome na história a vencer um Mundial como jogador e treinador. Antes dele, apenas Zagallo e Franz Beckenbauer alcançaram o feito. O brasileiro como jogador em 1958 e 1962 e, como treinador, em 1970. O alemão era jogador do time campeão em 1974 e foi o treinador em 1990.

Por sua vez, o time da Bélgica tenta chegar ao seu melhor resultado em Copas, que até agora é a disputa pela semifinal no México em 1986. A chamada “geração de ouro” representada na seleção da Bélgica é resultado de mais de uma década de trabalho para reformular as categorias de base do futebol do país e que agora começa a colher resultados concretos. “É uma única oportunidade para as duas seleções, após anos de trabalho. É o jogo que todo mundo quer jogar, pois é especial estar em uma semifinal. É um momento histórico e importante para as duas nações”, afirmou o técnico da Bélgica, o espanhol Roberto Martínez.

Os belgas também carregam seu retrospecto positivo para o jogo. Eles estão há quase dois anos sem saber o que é perder: já são 24 jogos invictos para os Diabos Vermelhos. Além disso, em confrontos diretos com os franceses, o histórico é favorável para a Bélgica: 30 vitórias, contra 24 da França e 19 empates. Entre eles, foram dois encontros em Copa, ambos favoráveis aos franceses: 4 a 2 na disputa do terceiro lugar em 1986, e 3 a 1 em 1938.

Para chegar à semifinal, a França deixou dois campeões mundiais pelo caminho, os sul-americanos Argentina e Uruguai, respectivamente nas oitavas e quartas-de-final do Mundial. Antes de derrotar o Brasil, a Bélgica mostrou competência para virar o placar contra o Japão, que chegou a vencer as oitavas de final por 2 a 0. O resultado final foi 3 a 2 para os belgas.

As duas equipes devem passar por mudanças em suas escalações, em relação às suas últimas partidas. Os franceses têm a volta do meia Matuidi, que estava suspenso contra o Uruguai. Na Bélgica, é o lateral Meunier que agora cumpre suspensão e deve dar lugar ao zagueiro Vermaelen. “Eu penso que a Bélgica tem potencial. Estamos há sete ou oito anos jogando juntos. Talvez alguns não acreditassem que iríamos tão longe, mas agora podemos ir até o fim”, comentou o meia Kevin de Bruyne, autor de um dos gols que tiraram o Brasil da competição, na vitória por 2 a 0 pelas quartas de final, sexta-feira (6).

Apesar de seus bons ataques, as defesas dos dois times podem ser decisivas na partida de hoje. A Bélgica já acumula 13 partidas eliminatórias seguidas levando gols em Copa do Mundo. Por seu lado, a França só levou quatro gols nesta Copa, passando limpa por Peru, Dinamarca e Uruguai. Os gols foram levados contra Austrália, na vitória por 2 a 1, e Argentina, quando venceu por 4 a 3.

Outra grande curiosidade dessa semifinal é a presença do ex-jogador francês Thierry Henry, que ainda é o maior artilheiro da história da seleção de seu país – tendo sido até companheiro de Deschamps – e agora é auxiliar técnico de Martinez na Bélgica.“Eu até acho que ele vai cantar o hino da França”, brincou De Bruyne.

Da Redação 
Com Rede Brasil Atual

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