‘Em política não tem amiguinho, muito menos para sempre’, diz Maia após encontro com Temer

Publicado em quarta-feira, outubro 25, 2017 · Comentar 


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira (24) que “em política não tem amiguinho, muito menos para sempre”.

Rodrigo Maia deu a declaração na Câmara após se reunir com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto.

Diante dos recentes atritos entre Maia e o governo, o presidente da Câmara foi questionado sobre se a relação entre ele e Temer estava pacificada e sobre se eles seriam “amiguinhos para sempre”.

Em tom de brincadeira, ele respondeu:

“Em política não tem amiguinho, muito menos para sempre.”

Mais cedo, nesta terça, Maia foi chamado ao Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente Michel Temer.

O encontro aconteceu na véspera da votação da denúncia contra Temer, oferecida pela Procuradoria Geral da República, pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.

Atritos

A relação entre Rodrigo Maia e o Palácio do Planalto ficou estremecida na semana passada, após a base aliada esvaziar o plenário no momento em que era votada uma medida provisória editada pelo próprio governo.

A estratégia dos aliados de Temer era derrubar a sessão para garantir o funcionamento da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que não poderia discutir a denúncia simultaneamente.

O comportamento da base irritou Maia, uma vez que ele estava trabalhando para votar um tema de interesse do governo e o próprio governo estava dificultando a votação.

Outro episódio que já tinha incomodado o presidente da Câmara foi o movimento do PMDB para atrair dissidentes do PSB que negociavam com o DEM, partido de Maia. Na ocasião, ele afirmou que aliado do governo não pode ficar “levando facada pelas costas”.

Além disso, na semana passada, após se reunir com Temer, Rodrigo Maia acusou o Palácio do Planalto de disseminar uma “falsa versão” sobre o que os dois haviam conversado.

‘Conflito político’

Apesar dos atritos, Maia disse nesta terça não deixar que esses episódios influenciem no trabalho dele à frente da Câmara.

“Eu não misturei o meu conflito político com a minha ação como presidente da Câmara. […] Eu não vou tomar nunca uma medida na Câmara porque alguém falou alguma

coisa que eu não gostei”, disse.

Da Redação
Com G1 

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