SIGA-NOS
O Blog do Walter Santos analisa, neste domingo (5), a polêmica no Caso Tião Gomes e Cássio Cunha Lima. Após o vazamento de mensagens de um grupo de WhatsApp, o jornalista analisa a postura e conteúdo na Mídia.
Leia:
A crise Cássio – Tião, a verdade da Mídia e necessidade de Regulação
Nestes últimos dias, chamou muito a atenção da sociedade o conflito na Mídia exposto a partir de reação do senador Cássio Cunha Lima contra o jornalista e procurador Tião Lucena chamando-o de “Baba Ovo” de governos por conta da publicação pelo multimídia de um recorte de Jornal onde o parlamentar, então superintendente da Sudene, se posicionava contra a Transposição do Rio São Francisco por considerar obra muito cara.
A abordagem de agora faz sentido porque o fato motivou uma guerra entre jornalistas e assessores de alguma forma defendendo o Senador e da outra parte advogando pró Tião – numa cena triste de intolerância tamanho ódio implantado nas Redes Sociais.
A razão, a análise básica do fato e a manipulação de dados motivam neste momento um mergulho sobre a grave situação de postura e conteúdo da Mídia – há tempo sem fazer Jornalismo na essência. Tudo virou sobrevivência, negócios e partidarismo.
ANTES DA PÉSSIMA CONDUTA DA MÍDIA
O fato exposto por Tião Lucena precisa ser encarado na essência do que se tem como verdade ou procedência.
Ou seja, à época Cássio disse ou não que a Transposição era inviável?
Esta é a questão de fundo e que, para desconforto do senador, se trata de registro real, mesmo hoje ele tendo outra opinião.
Mas como Autoridade no nível a que chegou, Cássio não pode se comportar como o fez.
A MIDIA TOMADA PELO NEGÓCIO E POLITICA
Faz muito tempo, no Brasil e na Paraíba, como de sorte no Mundo – vide a reação se Donald Trump chamando o New York Times de jornal falido -, em todas as ambiências a necessidade de sobrevivência tem feito os veículos de comunicação se transformarem em trampolim e acordos com o Poder de Plantão.
No meio de campo, perduram os mais afoitos que partem para agressões – não foi o caso agora de Tião – cumprindo missões agressivas mandadas pelo dono da Mídia ou chefe político de plantão fazendo o Jornalismo ficar há quilômetros de distância.
Ultimamente, para piorar a situação, muitos veículos de comunicação passaram a fazer o papel dos partidos – o Impeachment de Dilma prova isso – por decadência moral da classe política e a sobrevivência financeira da Mídia fazendo o Pais enfrentar tudo o que sabemos.
Se isso fosse pouco, as Redes Sociais trouxeram a impostura de muitos promovendo a intolerância, a violência verbal, etc., por fatores ideológicos e subserviência a projetos políticos sem densidade moral.
DETALHE DA MIDIA NACIONAL
Até 2002, Governo FHC, somente 192 empresas abocanhavam os bilhões de propaganda federal. A Rede Globo ficava com mais de 56%.
Veio o Governo Lula, e a nova ordem comandada por Jose Dirceu e Luiz Gushiken permitiram que ao final do governo de Luiz Inácio já eram mais de 5 mil empresas tendo acesso ao dinheiro da propaganda federal.
Com Dilma Rousseff, passou de 8 mil empresas.
Este é um dos principais motivos para o ódio espalhado pela Grande Mídia contra Lula, Dilma, Zé Dirceu, etc.
A REGULAÇÃO
Por essas e outras, precisamos de uma nova Regulação da Mídia para impedir que o Monopólio destrua o mínimo de Jornalismo decente.
Só não estamos no Inferno de acesso mínimo à informação por força das Redes Sociais.
VOLTAREMOS AO ASSUNTO.
Da Redação
Com Wscom
