Um político pé-quente: Jobson Ferreira, sabe como ninguém mexer com as peças do jogo político, tanto que em 2016 mudou de lado para o time que ganhou

Publicado em quinta-feira, janeiro 5, 2017 · Comentar 


Um político pé-quente

Atual vice-prefeito de Mari, Jobson Ferreira, sabe como ninguém mexer com as peças do jogo político, tanto que em 2016 mudou de lado para o time que ganhou 

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Reportagem de capa

Vice-prefeito de Mari por dois mandatos, o último até 31 de dezembro deste ano, Jobson Ferreira (PTdoB) sai do pleito eleitoral de 2016 como o político “pé-quente” da cidade. Desde que entrou para disputar cargo público nunca perdeu uma e quando não disputa quem ele apoia vence a eleição, com apenas uma exceção, já que em 2012 não conseguiu eleger a filha, mas se elegeu vice-prefeito.

Considerado pé-quente nos bastidores da política, Jobson rompeu com o grupo de situação para vir apoiar a candidatura de Antonio Gomes, de quem em 2008 foi vice-prefeito. Muitos nem acreditavam que Jobson da Farmácia, como é conhecido, ficasse até o fim, tão pouco acreditavam que Antonio Gomes vencesse a eleição.

O triunfo da eleição teve sabor especial para Jobson, primeiro pelo êxito majoritário do projeto, derrotando pela primeira vez desde de 2000 os Martins, a quem também pela primeira vez fez oposição. E segundo por eleger Valeska Magalhães, sua esposa, vereadora apesar do descrédito de alguns nessa candidatura.

Ferreira acompanhava Marcos há décadas, em 2000 ajudou a derrotar a reeleição de Vera Pontes. Em 2004 ajudou a reeleger Martins tendo elegido a sua mãe, a enfermeira Lídia, vereadora.

Em 2008 por pouco não foi o candidato a prefeito do grupo situacionista, mas foi preterido por Marcos Martins em detrimento de Antonio Gomes que foi o escolhido, mas Jobson figurou como vice e ganharam.

Em 2010 na campanha estadual, com Jobson e Antonio rompidos, o vice-prefeito optou por apoiar a eleição de Ricardo Coutinho ao governo do estado, apesar das insistências de Marcos em ficar com a candidatura de Maranhão, Jobson bateu o pé e ficou com Ricardo que ganhou a eleição.

Em 2012, por pouco Jobson não perdeu o espaço na chapa das oposições para outro postulante, sem se quer ser avisado, mas articulou pesado junto a Coutinho e conseguiu ter o nome indicado para vice outra vez. Ganhou a eleição junto com Marcos Martins, mas nunca teve cargos de destaque no governo de seu companheiro de longas datas. Na palavra de aliados, ele não teve papel reconhecido na gestão do então correligionário.

Perguntado sobre sua relação com o agora adversário Marcos Martins, Jobson evita falar sobre o desafeto e desconversa quando questionado em relação ao assunto, mas garante que mudou de lado na hora certa, tanto que seus candidatos venceram.

Agora Jobson diz que o novo prefeito tem tudo para acertar: “só depende dele”, afirma e se coloca à disposição para ajudar a cidade e a gestão no que for preciso.

O vice que deixará de sê-lo no final do ano, agora vai atuar como sempre gosta, nos bastidores, colaborando com o mandato da esposa na Câmara Municipal e esperando ansioso para a próxima vitória.

Revista EXPRESSO
Edição/Dezembro 2016

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