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“É preciso buscar um meio termo. As coisas nem são oito nem oitenta”. A declaração é do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) que reconheceu, em entrevista, nesta quarta-feira (14), a necessidade de mudanças no modelo de arrecadação e contribuição do segmento previdenciário, mas ressaltou que medidas novas devem servidor para buscar o equilíbrio financeiro e atuarial e não impedir as pessoas de se aposentarem.
“É preciso ter a compreensão que a previdência quebrou. Não se pode deixar como está. A previdência não tem sustentabilidade . Na Paraíba nós temos um déficit de mais de R$ 1 bilhão por ano e para garantir a aposentadoria dos que estão trabalhando e dos que estão entrando, tem que ter a capacidade de reduzir o déficit através de um conjunto de regras. Eu acho que as coisas nem são oito nem oitenta. É preciso buscar um meio termo, que ao longo de um determinado período possa ter um equilíbrio atuarial, como também você na pode impedir que as pessoas se aposentem”, disse.
Para o governador, é preciso reformular as regras, mas que elas continuem ao alcance da população.
“Quando você vê alguém na flor da intelectualidade se aposentando, é algo que é ruim para sociedade. É preciso reformular regras, mas sem inviabilizar a aposentadoria. A regra não pode significar uma forma em que você não tenha mais acesso, ou que grande parte não tenha acesso. Previdência não é problema de um governo, mas de todo mundo. É preciso ter um olhar real, que aproxime as coisas, e que não retire da pessoa o direito e o sonho de um dia se aposentar”, ressaltou.
Entre as medidas que se colocou favorável está o teto salarial da remuneração pública. Ele ainda defendeu que todos os poderes recebam o mesmo tratamento. “Sou a favor do teto salarial de remuneração publica. Sou a favor de que se contabilize para o teto tudo que é penduricalho que por ventura se tenha, afinal se entra no bolso, entrou. Se é essa a questão vamos fazer para todos os poderes. É preciso que o país possa ultrapassar esse sentimento de uma certa conturbação moralista para poder pautar coisas concretas”, arrematou.
Em conversa com ministros do Governo Temer governadores de vários estados se comprometeram a adotar nas previdências estaduais as regras que serão repassadas ao INSS, na busca de um equilíbrio e mais economia para enfrentar a crise financeira por que passa o país.
A reforma previdenciária proposta pelo Governo Temer prevê uma aposentadoria integral, com 100% da remuneração com 65 anos de idade e 49 anos de tempo de contribuição. Para o governador Ricardo Coutinho, essa medida inviabiliza que a maioria dos cidadãos realize o sonho da aposentadoria.
Da Redação
Com PB Agora
