CMJP aprova projetos sobre Libras e Escola Bilíngue para surdos

Publicado em terça-feira, junho 21, 2016 · Comentar 


Marmuthe CavalcantiTrês projetos indicativos de autoria do vereador Marmuthe Cavalcanti (PSD), membro da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), foram aprovados nesta segunda-feira (20). As matérias colocam em pauta a necessidade de interpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) em diversos espaços e eventos abertos ao público, bem como a criação de uma Escola Bilíngue Municipal, destinada às pessoas com surdez.

O Projeto de Indicação 475/2016 propõe a utilização de intérprete em Língua Brasileira de Sinais nas solenidades e espetáculos de quaisquer gêneros, abertos ao público, realizados pela Prefeitura Municipal. “Ninguém tem o direito de dizer quando as pessoas com deficiência vão ter acesso às informações disponibilizadas nas solenidades e espetáculos abertos ao público, realizados pelo Poder Executivo Municipal, pois os meios de difusão da cultura e do conhecimento, e os eventos em geral, devem ser acessíveis a todos”, defendeu Marmuthe.

Já o Projeto de Indicação 476/2016 solicita a criação de uma Escola Bilíngue, vinculada à Secretaria Municipal de Educação, destinada às pessoas com surdez. “Tal proposta visa assegurar o acesso dos surdos às duas línguas na escola, a Libras e o Português, de forma simultânea e sistemática, desde a infância. Os surdos têm o direito de serem ensinados em Língua Brasileira de Sinais, havendo a necessidade de ações afirmativas e includentes para que sejam devidamente inseridos no seio da sociedade, assim como os demais cidadãos”, afirmou Marmuthe.

O parlamentar também apresentou o Projeto de Indicação 478/2016, estabelecendo a presença de, no mínimo, um intérprete de Libras nos órgãos administrativos do Município de João Pessoa que realizam atendimento ao público, em prol das pessoas com deficiência auditiva. Marmuthe ainda colocou em pauta na CMJP o Projeto de Resolução 68/2016, estabelecendo que as sessões da Câmara (ordinárias, extraordinárias, especiais e solenes) sejam realizadas com o auxílio de um tradutor e intérprete de Libras.

“Não é justo com aqueles que precisam transpor diversas barreiras diariamente, para realizar ‘simples tarefas’, ainda não sejam tratados adequadamente pelos órgãos públicos da Capital. Mas, com a presença do intérprete de Libras nas repartições, fica garantida a prestação do serviço pelo Município, de forma digna e adequada, bem como o acesso e a participação cidadã deste segmento social no cotidiano da cidade”, disse Marmuthe.

LibrasA Língua Brasileira de Sinais, reconhecida desde 2002 como segunda língua oficial do Brasil, é utilizada por deficientes auditivos para comunicação entre eles e entre surdos e ouvintes. Nesse contexto, destaca-se o papel dos tradutores e intérpretes de Libras, que fazem a mediação desta comunicação e proporcionam às pessoas com deficiência auditiva a ampliação da capacidade de adquirir informações e conhecimento.

Da Redação
Com Assessoria

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