Iphaep lamenta uso do órgão pela PMJP para justificar frustrações na obra da Lagoa

Publicado em terça-feira, junho 14, 2016 · Comentar 


parque_da_lagoa_walla_santosO Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep) enviou uma nota à imprensa, nesta terça-feira (14), lamentando a postura da Prefeitura Municipal de João Pessoa, por usar o nome órgão para justificar eventuais frustrações na entrega da obra.

De acordo com a Iphaep, a Prefeitura não havia apresentado projeto algum, apesar de divulgar em farto material publicitário maquetes e imagens do que seria a obra. Projeto com tais características nunca chegou para a análise do órgão. Apenas o que chegou, posteriormente, foi aprovado.

Ontem, o prefeito Luciano Cartaxo (PSD), questionado sobre a mudança no projeto original, reconheceu que a obra não está completa e ainda falta o que ser feito, mas considerou que “os detalhes estão para serem resolvidos”.

No projeto original, existiam três píeres nas águas da Lagoa, mas foi executado apenas um pequeno píer para ser utilizado no projeto futuro do pedalinho. De acordo com Luciano Cartaxo, o projeto original com os píeres não foi executado porque o instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP) não autorizou, já que alteravam o espelho d’água.

Confira nota na íntegra: 

NOTA

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep) vem lamentar que a Prefeitura Municipal de João Pessoa tenha tentado utilizar o órgão como justificativa para amenizar as críticas da população a respeito da obra de reurbanização do Parque Solon de Lucena.

O Iphaep aprovou, por unanimidade, em reunião do Conselho de Proteção de Bens Históricos e Culturais, no dia 4 de março de 2015, o projeto apresentado pela Secretaria Municipal de Planejamento, conforme matéria publicada na mesma época no portal oficial da Prefeitura da Capital. Não podendo, portanto, ser responsabilizado por frustração alguma em razão da entrega da obra.

Antes desta data, a Prefeitura não havia apresentado projeto algum, apesar de divulgar em farto material publicitário maquetes e imagens do que seria a obra. Projeto com tais características nunca chegou para a análise deste órgão. O que chegou, posteriormente, foi aprovado.

O Iphaep destaca também que não é responsável pela execução da obra, analisando prioritariamente o projeto no papel. O Instituto não tem como identificar se a qualidade do material utilizado corresponde ao que estava previsto no orçamento da obra. Os técnicos do Iphaep são responsáveis apenas por verificar se as deliberações do Conselho foram cumpridas.

O Instituto continuará conduzindo com zelo, transparência e objetividade a importante tarefa de preservar o rico patrimônio histórico, artístico e cultural do Estado da Paraíba, sem envolver-se em quaisquer disputas políticas.

Da Redação
ClickPB

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